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2012 - Livro Vermelho 2013

Polytaenium feei (W.Schaffn. ex Fée) Maxon DD

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 05-07-2012

Criterio:

Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

P. feei possui uma distribuição ampla ao longo da América Central e América do Sul, sendo encontrada no Brasil em três locais desconexos. Em função da distribuição global da espécie, suspeita-se que existam mais subpopulações que estejam relacionadas a estas, sendo necessário um maior esforço amostral para comprovar tal evidência.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Polytaenium feei (W.Schaffn. ex Fée) Maxon;

Família: Pteridaceae

Sinônimos:

  • > Antrophyum feei ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Distribuição

A espécie ocorre nos estados Pernambuco, Bahia, São Paulo e Santa Catarina (Prado, 2012).A espécie ocorre desde o nível do mar até 700 m de altitude. A espécie é considerada rara em São Paulo (Nonato; Windisch, 2004).

Ecologia

A espécie é uma erva, epífita, com ocorrência em floresta úmida da Mata Atlântica (Prado, 2012).Também apresenta hábito rupícola. Ocorre em floresta pluvial tropical, em locais sombreados e úmidos (Nonato; Windisch, 2004).Em Cuba a espécie foi encontrada em floresta de galeria aberta e floresta úmida submontana, sobre complexo metamórfico (Fong et al., 2005) e em floresta arbustiva montana (Lahera; Villaverde, 2006).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A substituição da Mata Atlântica pela cultura da cana a partir do período colonial representa a principal causa do processo de degradação desse bioma, agravando-se com o pro-álcool, em 1974. O que restou da floresta continua a ser devastada e consumida para usos diversos, além do intenso e desordenado processo de ocupação de sua área de ocorrência (Lima, 1998). Dados de 2010 relatam que dos 9.929.608 ha de Pernambuco coberto por Mata Atlântica, apenas 229.272 ha são remanescentes do bioma (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A IlhaAnchieta tem um histórico de atividade humana que causou distintos impactosambientais. Na década de 50 foi mantidauma prisão na Ilha. Durante o período de prisão foram desenvolvidos atiavidadesde plantio, criação de gado e colheita de madeira para combustível e fabricaçãode cabos de vassouras (Guillaumon et al., 1989). Em 1977 foi transformado em Parque Estadual. O local é o segundo maior visitado noestado de São Paulo por turistas devido aos seus atrativos naturais. Devido aocupação humana, o local apresenta áreas perturbadas que caracterizam um estadode equilíbrio extremamente frágil, onde avalanches naturais são comuns. Em 1983foram introduzidos animais exóticos na tentativa de recompor a fauna e floralocal. Desta forma, tanto as atividades turísticas como a invasão de espéciesexóticas compõem as principais ameaças do Parque Estadual da Ilha Anchieta(Bovendorp; Galetti, 2007)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Vulnerável. Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre na unidade de conservação Parque Estadual da Ilha Anchieta, SP (CNCFlora, 2011)

Referências

- NONATO, F. R.; WINDISCH, P. G. Vittariaceae (Pteridophyta) do Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 1, p. 149-161, 2004.

- PRADO, J. Pteridaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB092020>.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.

- LIMA, M. L. F. A Reserva da biosfera da mata atlântica em Pernambuco - Situação atual, ações e perspectivas. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, v. 12, p. 43, 1998.

- FONG G., A.; D. MACIEIRA, F.; ALVERSON, W. S. ; WACHTER, T. Cuba: Parque Nacional Alejandro de Humboldt -. Rapid Biological Inventories Report, n. 14, 2005.

- LAHERA, J. P. G.; VILLAVERDE, C. S. Estudio de comunidade de helechos y plantas afines asociadas a formaciones vegetales pluviales cubana: su estrutura y composición taxonómica. Revista de Biologia Neotropical, v. 3, n. 2, p. 139-156, 2006.

- BOVENDORP, R. S.; GALETTI, M. Density and population size of mammals introduced on a land-bridge island in southeastern Brazil. Biological Invasions, v. 9, p. 353-357, 2007.

- GUILLAUMON, J. R.; MARCONDES, M. A. P.; NEGRIROS, O. C.; MOTA, I. S.; EMMERICH, W.; BARBOSA, A. F.;. Plano de manejo do Parque Estadual da Ilha Anchieta, v.Série Registros, p.1-103, 1989.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E.; HERINGER, G. Pteridaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Polytaenium feei in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Polytaenium feei>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 05/07/2012 - 15:05:18